sábado, 7 de abril de 2007
Observatório da imprensa - A imprensa é bacana, mora?
A grande imprensa está descobrindo as chamadas redes sociais, ou redes de relacionamento. As emissoras de rádio usam há mais tempo esse recurso para ampliar e "fidelizar" – como se diz no jargão do setor – os ouvintes, alguns dos quais se tornam colaboradores constantes, relatando acidentes, engarrafamentos de trânsito e outras ocorrências, contribuindo para maior agilidade na cobertura jornalística. A figura do "leitor-repórter", que vem se tornando comum, é a expressão mais acabada dessa novidade, com todas as vantagens e riscos de contar com pessoas não-treinadas para fazer relatos precisos e adequados sobre os acontecimentos.
A transposição desse recurso para o ambiente da internet, que começa a ser utilizado com mais freqüência a partir dos blogs dirigidos por jornalistas, poderia ser uma forma de ampliar o número de pessoas interessadas em determinado tema tratado num jornal ou revista, por exemplo, e acompanhar as opiniões que se formam a partir do material jornalístico.
No entanto, como tem acontecido desde o surgimento da internet, a mídia tradicional apenas usa o recurso da rede digital para operações pontuais de consulta, como no caso das "pesquisas de opinião" (que raramente podem ser levadas em conta, pela falta de metodologia adequada), ou para promover uma interação que se esgota no próprio site e não oferece maiores contribuições para conhecer o pensamento do leitor.
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