sábado, 7 de abril de 2007

Aula 14 - 02/04/07 - Continuação: Cultura, um conceito antropológico

Embora nenhum indivíduo coheça totalmente o seu sistema cultural, é necessário que o indivíduo tenha um mínimo de conhecimento de sua cultura para conviver com os outros membros da sociedade. Nenhum indivíduo é perfeitamente socializado. São estes espaços que permitem a mudança. Qualquer sistema cultural está num contínuo processo de mudança.
Exitem dois tipos de mudança cultural: interna, resulta da dinâmica do próprio sistema cultural. Esta mudança é lentra; porém, o rítmo pode ser alterado por eventos históricos, como catástrofe ou uma grande inovação tecnológica. A mudança externa é resultado do contato de um sistema cultural com o outro. Esta mudança é mais rápida e brusca.
O tempo é um elemento importante na análise de uma cultura. Assim, da mesma forma que é importante para a humanidade a compreensão das diferenças entre os povos de culturas diferentes, é necessário entender as diferenças que ocorrem dentro do mesmo sistema.

Observatório da imprensa - A mídia e o câncer de Elizabeth Edwards


A campanha de John Edwards à presidência dos EUA nunca teve tanto destaque na mídia como agora. Quase duas semanas após o pré-candidato democrata e sua mulher, Elizabeth Edwards, anunciarem que a campanha seguiria mesmo depois dela ser diagnosticada com um câncer incurável, o tema não sai de pauta entre os americanos.
O ex-senador da Carolina do Norte, que disputa com Hillary Clinton e Barack Obama a vaga pela candidatura democrata, não teve muita visibilidade na imprensa nos últimos meses. De fato, quando anunciou que entraria na disputa, em dezembro, Edwards atraiu cobertura discreta da mídia. A explicação para a mudança de abordagem é simples: a história do câncer de Elizabeth é tocante. Praticamente qualquer pessoa, hoje em dia, já teve algum doloroso contato com a doença – seja vítima dela ou acompanhando a luta de um familiar, amigo, colega de trabalho ou vizinho.




Julgamento e empatia
Mas o debate na imprensa, diz Kurtz, parece nunca ter sido tão forte quanto o que diz respeito à família Edwards. Enquanto alguns jornalistas foram compreensivos, respeitando a liberdade do casal de tomar a decisão que preferir sobre a campanha, outros caíram em cima do pré-candidato. "A ambição cegou o discernimento dele e o de Elizabeth também", afirmou a colunista do New York Daily News Jane Ridley. "A decisão não é nada realista", escreveu Jill Porter, colunista do Philadelphia Daily News. Até o polêmico apresentador de rádio Howard Stern caiu na tentação de tomar partido. "Eles têm dois filhos. Vão para casa. Fiquem com os filhos. Ela tem que conservar sua energia. É uma coisa ridícula", comentou.
A exposição pública do câncer de Elizabeth Edwards também acabou por inspirar outros a compartilhar suas próprias experiências com a doença. A apresentadora da NBC Ann Thompson revelou, na semana passada, que foi diagnosticada com câncer de mama há um ano e manteve a doença em segredo por medo de que as pessoas sentissem pena dela. A jornalista contou que hoje, depois de passar por quimioterapia, está curada. A história de capa da revista Newsweek desta semana traz o depoimento do colunista Jonathan Alter sobre sua batalha contra o câncer e a capa da U.S. News & World Report traz um artigo intitulado "O câncer e eu", da editora de saúde Bernadine Healy.
Independente das críticas ou do apoio à decisão do casal Edwards, é ruim para o pré-candidato que seu momento de maior destaque tenha base em um fato tão triste, diz Kurtz. A própria Elizabeth já declarou que, nos últimos dias, está cansada de si própria – "não consigo ligar a TV e não me ver, ou abrir o jornal e não me ver", comentou. No fim, afirma o colunista do Post, o intenso debate sobre a decisão do casal "acaba sendo menos sobre ele e mais sobre nós".

Aula 13 - 30/03/07 - continuação... Cultura: um conceito antropológico

A cultura é o meio de adaptação do homem aos diferentes ambientes. Ao invés de adaptar o seu equipamento biológico, como os animais, o homem utiliza equipamentos extra-orgânicos. Por exemplo, a baleia perdeu os membros e os pêlos e adquiriu nadadeiras para se adaptar ao ambiente marítimo. Enquanto a baleia teve que transformar-se ela mesma num barco, o homem utiliza um equipamento exterior ao corpo para navegar.

Aula 12 - 26/03/07 - Cultura (religião)


Em todos os tempos desagradou a muitos a Religião Católica, não só porque é muito sublime o que propõe para crer, mas porque é muito dificultoso o que propõe para praticar. Ainda em nossos dias muitos dos bárbaros não têm dificuldade em acreditar nossos mistérios. E como a poderiam ter, se cada um deles em suas seitas acredita coisas tão estranhas e tão repugnantes, que tem mais que vencer em acreditar as suas loucuras que as nossas verdades? O seu trabalho consiste em sujeitar-se às nossas leis. Estas têm rebelado à Igreja cem nações, e conservam ainda muitos povos na infidelidade. Uns se declaram contra a penitência como um peso muito gravoso, outros contra o nosso culto como coisa muito supersticiosa, outros contra a castidade como um preceito muito difícil. Mas que conseguiram? Nada mais que mostrar a depravação dos seus corações sem alterar a pureza da nossa Religião. Por mais esforços que hajam feito as paixões humanas, não puderam ainda abolir uma só Lei no Código da Religião. Que digo eu abolir? Não puderam adoçá-las, ou temperá-las na mais pequena parte. Depois de tantos e tantos séculos, com tantos e tantos inimigos, cada ápice do Evangelho conserva ainda todo o seu rigor. Aquele sacrossanto jugo que trouxeram os Apóstolos, é o mesmo a que ainda submetemos o nosso pescoço, sem que se torne mais ligeiro, ou pelo tempo que estraga todas as coisas, ou pela violência que as rompe. Muito cumpria à humana fraqueza alargar os caminhos do Céu e dilatar-lhe algum passo mais. Muito cumpria que as portas do Paraíso fossem menos apertadas. Mas não, estas são de bronze, não se podem alargar mais. Embora se quebrantem muito os divinos preceitos, todos confessam que eles obrigam. Não é o homem casto, mas conhece que o deve ser; cometem-se delitos, mas sentem-se remorsos; e ainda que se obre contra a Lei, a Lei não dorme, mas grita, e chama a seu tribunal os transgressores.Mas esta liberdade de transgredir a Lei, é o último, e talvez o maior sinal de que Deus assiste à sua Religião, pois a faz triunfar da depravação dos seus mesmos sequazes, inimigos tanto mais formidáveis quanto são mais ocultos e mais domésticos. Sou obrigado a falar das nossas ignomínias e me envergonho, que devendo fazer a resenha das palmas alcançadas pela Religião em suas vitórias, deva por necessidade encontrar-me com os nossos despojos. Eu o sei, mas não imaginava ler entre os títulos dos vencidos também o nosso nome. Mas é assim, triunfa a Religião de nós, sustentando-nos contra nós, não obstante a guerra terrível que nós lhe fazemos com os nossos vícios. À vista deles, quem não diria não ser possível que dure uma Religião contra a qual se revoltam os seus mesmos filhos? Observai como se vive nas cidades mais católicas, como em Lisboa se vive. Com quanta facilidade derramam aqui uns o sangue dos outros! Quantas inimizades há entre os particulares, quantas discórdias nas famílias! Que licença e devassidão nos mancebos! Que avareza nos velhos! Que injustiças nos tribunais, que violências nos soldados, que prepotências nos nobres, que enganos nos plebeus, que luxo, que vaidade, que liberdade nas mulheres! Se Deus não tivesse aqui deixado algumas almas justas, semente e relíquia dos séculos santos, seria esta cidade em tudo semelhante às cidades do paganismo. Quantos entre os gentios, porque nós vivemos com eles na Ásia, na África e na América, recusam crer como nós? Eis aqui os danos que causam os nossos vícios à Religião. O infiel não se resolve a abraçá-la, o fiel a perde. Não se alistam debaixo das bandeiras do Deus de Israel muitas tropas auxiliares que se alistariam, e aquelas que seguem estas bandeiras fazem quanto podem por destruir seu campo, abater seus estandartes e fazer retroceder a Arca Santa, que deviam defender e guardar! Tropas rebeldes, debalde vos afadigais! Os arraiais de Deus devem subsistir até à consumação dos séculos. Aquela Arca mística da Aliança em que se conserva a sua Lei e os seus mistérios, ainda que ameace cair, não cairá jamais. Não há necessidade de mãos profanas para a sustentar, Deus com a sua dextra impedirá a sua queda. Sua omnipotência a conservará firme entre os combates e fará ver que esta firmeza não pode ser senão uma impressão do seus braço divino, o qual, não satisfeito de autenticar a sua Religião com a virtudes dos milagres com que a promulgou por todo o mundo, com a efusão do sangue em que a sustentou contra os tiranos, com a força do saber que a sustentou contra os hereges, a autentica finalmente com o nosso viver depravado, e faz servir à sua firmeza os nossos mesmos pecados.

Observatório da Imprensa - Mídia descobre a ministra Matilda

Ela é mulher, ela é negra, ela é ministra. Matilde Ribeiro, ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, pode se orgulhar de fazer parte de um reduzidíssimo grupo de mulheres que comete o pecado mortal de chegar ao poder. E pode dizer, com orgulho, que chegou lá embora faça parte de dois grupos altamente discriminados: as mulheres e os negros.
E, talvez por isso, deveria ser triplamente cuidadosa ao escolher palavras em suas aparições públicas. Sua declaração à BBC na terça-feira (27/3) conseguiu fazer com que a ministra ganhasse espaço em toda a mídia, o que não tinha acontecido em quatro anos de governo.
A frase "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco" vai custar muito caro à ministra. Acusada de incitar o racismo (até pediram sua cabeça), Matilde Ribeiro vai precisar de um milagre para ter outra chance de ganhar o mesmo espaço na mídia que conquistou no fim de março. Como a imprensa parece ter uma predileção especial por destacar mulheres apenas quando elas saem da linha (exceção feita às que ajudam a reforçar o mito da mulher-objeto), as chances de Matilde Ribeiro entrar para a história como a "ministra racista" são muito grandes.

Aula 11 - 23/03/07 - Cultura: Um conceito antropológico


O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo chamado endoculturação ou socialização. Pessoas de raças ou sexos diferentes têm comportamentos diferentes não em função de transmissão genética ou do ambiente em que vivem, mas por terem recebido uma educação diferenciada. Assim, podemos concluir que é a cultura que determina a diferença de comportamento entre os homens. O homem age de acordo com seus padrões culturais, ele é resultado do meio em que foi socializado.


(extraído do texto passado em sala de aula pelo Prof. André)


Aula 10 - 19-03-07 - Fotonovela

O professor nos pediu para reunir em grupos e fazer a fotonovela, mas acho que to de fora disso porque eu faltei de aula, de qualquer forma, vai ser muito interessante.